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Uma conversa franca sobre feminicídio

Em nossa sociedade machista e violenta, muitos homens assumem a postura de donos de suas mulheres. Todos os dias muitas são espancadas, estranguladas e agredidas até perderem a vida

Elaine Cruz - 16/08/2018 10h20

Deus criou homens e mulheres com características físicas e emocionais diferenciadas. O homem é mais forte fisicamente, enquanto a mulher é mais frágil, pois o fato de gerar filhos exige que sua região abdominal, importante para a força física, seja menos rígida, já que os órgãos internos precisam se deslocar quando engravida. Em compensação, a força emocional da mulher é maior, e ela suporta melhor com as dores e lida melhor com as pressões cotidianas. O homem é mais objetivo, a mulher costuma ser mais subjetiva. Eles falam menos, e elas gostam mais de falar, inclusive ao mesmo tempo, quando a conversa está animada.

Homens e mulheres se complementam, foram criados por Deus para uma unidade perfeita. Entretanto, na nossa sociedade machista e violenta, muitos homens assumem a postura de donos de suas mulheres, e todos os dias muitas delas são espancadas, estranguladas, e agredidas brutalmente até o momento em que perdem a vida.

No Brasil, a estatística oficial é de 13 mulheres assassinadas diariamente, sendo que a OMS aponta o fato de que em 35% dos casos, o assassinato é praticado dentro da própria casa, pelos companheiros, sejam namorados ou maridos.

Desde 2015, a palavra feminicídio vem sendo utilizada para designar o homicídio de mulheres como crime hediondo, quando envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher, e violência doméstica e familiar. E por mais que a lei defina penas de reclusão, o que temos assistido é uma escalada nos números, com cenas cada vez mais chocantes de homens que mantêm suas companheiras em cativeiro, que matam namoradas que decidem terminar namoros, e que lidam com suas suas esposas como se estas fossem propriedades deles, num sentimento de posse exacerbado.

Cabe-nos perguntar: Que tipo de homens nós, mulheres, estamos educando? Como nossos meninos tratam suas mães, irmãs e suas primas? E como estamos criando nossas filhas? Estão sendo educadas para escolher homens egoístas, machistas, valentões, briguentos e que infernizam suas esposas, alterando a força emocional das mesmas?

Na sociedade doente que vivemos, é importante voltarmos à Bíblia, que ensina a importância das boas escolhas para relacionamentos, e admoesta os homens a tratarem suas esposas como tratam seus próprios corpos, não lhes causando dolo. Precisamos de Deus. Quanto mais nos afastamos dele, mais nos tornamos bárbaros, irracionais, sub-humanos e insensíveis!

Elaine Cruz é pastora no Ministério Fronteira, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro; Psicóloga clínica e escolar, especializada em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade; Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense; palestrante e conferencista internacional, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior; Mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA); e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, com oito livros publicados.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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