Leia também:
X 2018 – O ano das argolas!

Pedidos de socorro

Precisamos aprender a interpretar os pedidos de socorro, especialmente das pessoas com quem convivemos

Elaine Cruz - 19/07/2018 09h23

Todos nós precisamos aprender a pedir socorro quando necessário. Ensinamos isto a nossos filhos, e ao ouvirmos uma chamado ansioso ou angustiante, geralmente de: “mãe!”, ou “pai!”, corremos apara ajudá-los.

Infelizmente, muitos são os que aprendem, a duras penas, que não adianta pedir ajuda, pois os outros não aparecem e nem se importam. Assim, vão sendo silenciados ou vão se calando, cada vez mais internalizando a dor e a angústia de não serem assistidos ou ouvidos quando precisam.

Nestes casos, o pedido de socorro dessas pessoas vai se tornado distinto: desenvolvem a automutilação, arrancam mechas inteiras de cabelos, tomam altas doses de calmantes, provocam overdose de drogas, se isolam de pessoas, se tornam acumuladores compulsivos, adictos, anoréxicos, bulímicos, alcoólatras, briguentos contumazes na sociedade e na parentela.

Precisamos aprender a interpretar esses pedidos de socorro, especialmente das pessoas com quem convivemos. Ao observarmos uma mudança de comportamento, como um alto nível de irritabilidade ou de morbidez, é importante buscar ajuda, inclusive médica. Quem corta seu próprio corpo está gritando por ajuda, sofrendo internamente, desesperado para que alguém o assista. Tentativas de suicídio precisam se investigadas e analisadas por profissionais como psicólogos, psiquiatras e pastores próximos. Anorexia e bulimia matam, e uma pessoa briguenta sempre vai achar alguém mais forte fisicamente que queira uma “boa” briga.

Ouça as pessoas com quem convive, e socorra-as enquanto elas ainda estão conseguindo falar sobre suas necessidades e sofrimentos emocionais. E mantenha um olhar muito atento, e muita disposição e prontidão, para socorrer aquelas que não mais falam, mas gritam por meio de suas atitudes.

Elaine Cruz é pastora no Ministério Fronteira, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro; Psicóloga clínica e escolar, especializada em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade; Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense; palestrante e conferencista internacional, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior; Mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA); e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, com oito livros publicados.
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.