A vitória da esquerda no México
As bandeiras de Obrador são de cunho populista, com uma agenda que dá enfoque à eliminação da corrupção e da pobreza. Ele se apresenta como um salvador da pátria; filme que já assistimos por aqui
Marco Feliciano - 06/07/2018 11h12
Alô, amigos, alô, irmãos leitores do Pleno.News. É com grande apreensão que me dirijo a vocês para comentar a ascensão da esquerda política no México, nestas últimas eleições, com a vitória do candidato Andrés Manoel Lopez Obrador. Ele é o primeiro candidato de esquerda eleito no país desde 1980.
Vejo, nesse pleito, algumas questões que quero destacar para pensarmos juntos.
Primeiro, essa vitória, para mim, é uma espécie de represália ao presidente Trump, dos Estados Unidos, que é conservador e vem implementando medidas contra a emigração clandestina dos mexicanos em seu país. Segundo, penso que esse resultado é uma resposta contra a impotência do governo mexicano, até aqui, frente à violência imposta pelo narcotráfico, que já culminou em mais de 50 mil mortes. E, pior, uma resposta à imensa desigualdade social que o México vive.
As bandeiras de Obrador são de cunho populista, com uma agenda que dá enfoque à eliminação da corrupção e da pobreza. Obrador se apresenta como um salvador da pátria; filme que já assistimos por aqui.
Assim, hoje, a esquerda tupiniquim está exultante. E frisa que a esquerda mexicana assumindo o poder, agora, irá combater a corrupção, a estagnação resultante das políticas neoliberais e a violência dos cartéis de drogas. Na verdade, a esquerda brasileira prega exatamente ao contrário do que fomentaram durante os 13 anos que estiveram no poder.
No entanto, há algo que precisa ficar muito claro: o discurso moderado de Obrador não é verdadeiro, Pois ele sabe da imensa dependência de seu país para com os Estados Unidos. Portanto, dificilmente o México avançará nas teorias esquerdistas radicais. Mesmo porque, o México possui um povo muito religioso e a influência da Igreja se faz presente no cotidiano.
O que espero para o México, país com o qual temos muitas afinidades, é um futuro no qual o governo esquerdista recém-eleito, governe para todos. Assim, o novo governo irá amparar os pobres, mas respeitar aqueles que por meio de suas empresas mantêm a capacidade produtiva e o pleno emprego, sem alterar regras já estabelecidas e tão necessárias para o bom funcionamento da máquina estatal e privada.
Finalizo pedindo a Deus que dê equilíbrio ao presidente eleito do México, Manuel Lopes Obrador, para impor sua política, respeitando a propriedade e os direitos de todos. Peço a Deus também que derrame as mais escolhidas bênçãos celestiais a todo povo mexicano.
Marco Feliciano é pastor, foi reeleito Deputado Federal por São Paulo com quase 400 mil votos e preside a Assembleia de Deus Ministério Catedral do Avivamento. |