O comércio pet friendly
É possível encontrar lugares onde cães e gatos podem curtir junto com os seus donos. Espaços criados exclusivamente para atender melhor aos clientes de quatro patas
Vinícius Cordeiro - 12/07/2018 10h46
Cada vez mais vemos os animais de estimação acompanhando seus donos por todo o lado, com maior presença em locais públicos. Vemos uma crescente e forte “economia pet” nas cidades, e uma necessidade maior de atender à demanda de pessoas que se fazem presentes acompanhadas de seus animais, como dissemos. Se você ainda não sabe, o significado de pet friendly, explicamos: a expressão traduz-se por “amigo dos animais” e vem sendo utilizada para identificar lugares, comerciais ou não, onde os animais são bem-vindos, aceitos, e podem permanecer com seus tutores.
De acordo com um levantamento realizado pelo SPC Brasil e a CNDL, diversas empresas adotaram o conceito do pet friendly, a fim de atender esse enorme público consumidor, que pode agora frequentar os locais sem quaisquer embaraços, e que são adaptados para receber esse público.
Esse conceito é relativamente novo no Brasil, mas vem se desenvolvendo cada vez mais com produtos e serviços especiais, o que gera novas oportunidades para os negócios e certamente, um maior lucro para os empreendedores.
Um recente levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) mostrou que, no ano passado, o setor pet brasileiro cresceu 4,9%, com faturamento de R$ 18,9 bilhões.
Segundo apuramos, o Brasil já aparece na terceira colocação do ranking mundial, perdendo apenas para os Estados Unidos e para o Reino Unido. Segundo projeções da própria Abinpet, o faturamento mundial do mercado pet, em 2016, chegou a US$ 104,1 bilhões.
Devido a todas essas projeções positivas, estabelecimentos amigáveis aos animais têm se expandido no território nacional, já podendo ser encontrados em diferentes localizações. Em muitas cidades, já se encontram lugares onde cães e gatos podem curtir junto com os seus donos: parques, hotéis, restaurantes, shoppings, além de espaços que foram criados pensando exclusivamente em atender melhor os clientes de quatro patas.
Não podemos esquecer que os cães-guias devem ser aceitos em qualquer estabelecimento, afinal, mais do que companhia eles são os próprios olhos do dono, o que é garantido por Lei.
Para muitos, sair para um bar ou restaurante levando o cachorro é uma tarefa complicada, mas as coisas estão mudando: vários restaurantes, bares, sorveterias e padarias, estão abrindo espaço para os donos e seus cães. Os estabelecimentos se diferenciam, e chegam a dispor áreas exclusivas para os animais, ou atendimento especial e menu de rações.
Além desses estabelecimentos, há também supermercados, mercados, e mesmo prédios comerciais, condomínios lojistas, espaços culturais ou mesmo prédios de salas comerciais, que aceitam o trânsito e ingresso de animais, de porte pequeno, em geral, mas os critérios são diversos. A moda veio para ficar, e os estabelecimentos comerciais que adotam esse conceito só têm ganhado.
Vinicius Cordeiro é advogado, ex-Secretário de Proteção Animal do Rio de Janeiro. | |
Bruna Franco é ativista, dirigente da ONG ADDAMA e produtora executiva da ONG Celebridade Pet. |