Prudência com sugestionamentos
Cuidado para não ziguezaguear entre uma opinião e outra na hora de fazer escolhas
Elaine Cruz - 14/06/2018 10h55
Não se pode medir o poder das sugestões, sejam elas boas ou más. E estamos sujeitos a elas mais do que percebemos: nas propagandas que nos induzem a experimentar uma nova marca, no apelo do carro novo que evoca poder, no novo must que a blogueira da moda nos apresenta, nas opiniões políticas que tendem a nos convencer a mudar de legenda, no apelo repetitivo dos bordões dos coachs mal intencionados.
Algumas pessoas gostam de ser convencidas. Estão sempre a busca de alguém que lhes digam o que fazer, como viver, de que forma vão dirigir seus negócios, seus casamentos e suas vidas. Perseguem gurus, elegem líderes demagógicos e se deixam levar por modismos e conceitos transitórios e vazios. Na verdade, são pessoas que preferem que outros pensem por elas, e se possível que decidam por elas. Quando as coisas não saem como era o esperado, é mais fácil culpar o outro do que a si mesmos.
Todo pecado surge a partir de uma sugestão que parece interessante, mas cuja consequência gera dor e morte. Todo erro é fruto de uma sugestão de um falso amigo, que no início acaricia o ego, para depois apontar os dedos e dizer “eu só sugeri: você fez porque quis”. Más companhias corrompem caráter, conselhos errados desviam um futuro e amargam a vida.
Portanto, esteja sempre firme em suas convicções fundamentais: aquelas que definem seus valores morais; seus conceitos de vida; suas certezas sobre si mesmo, sobre Deus e suas prioridades de vida. E use sua inteligência para discernir se as sugestões apresentadas a você são favoráveis ou nocivas, malignas ou benignas. Afinal, vivemos das colheitas das consequências das sugestões que escolhemos acolher.