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Como lidar com a educação dos filhos?

Leitora pergunta como pode estabelecer sua autoridade na educação do filho

Como Lidar - 17/04/2018 13h12

“Tenho um filho de 5 anos de idade e não consigo impor minha autoridade a ele. Por mais que eu tente, ele se comporta de forma muito rebelde. O que devo fazer para colocar limites em sua educação, sem que eu me exceda? Como lidar?”.

Rebeca Moraes, Mogi das Cruzes, São Paulo.

Resposta:
É possível identificar desde bebê se uma criança vai ser mais tolerante, se mais calma, por meio das reações dela. Também, com relação à mamadeira, a usar ou não chupeta, uma série de princípios que a gente vai percebendo se a criança vai se tornando alguém difícil. A isso, chamamos de temperamento. Às vezes os pais têm dificuldade para entender que não criamos os filhos todos iguais, pois cada criança tem uma peculiaridade. Então, é preciso tratar cada criança de uma forma muito diferente ao longo da sua criação.

Às vezes, o que é problema para um pai, uma mãe, pode não ser para outro. Por exemplo, tem uma criança que todas as frases de um pai e de uma mãe, ela responde. Tem outra que acata as ordens mais facilmente. E, ainda tem criança que pergunta o por quê de ela ter que seguir aquela ordem. Há pais e mães que até gostam de uma criança que pergunte e há pais que gostam de explicar. Então, há pais que vão explicar com o maior prazer, achar aquilo interessante, vão até estimular aquela criança a perguntar, a questionar, a julgar. Mas há pais que não vão gostar de nada que as crianças perguntem.

Frequentemente, é preciso haver uma adequação dos pais. Por exemplo, se o filho é muito agitado, e a expectativa é de que ele fosse quietinho, a primeira regra, nesse caso, é adaptar essa expectativa. Os pais precisam ver que essa criança é diferente, muitas vezes, do que o que foi planejado. E aí, os pais precisam se adaptar.

Mas é claro que é necessário ter bom senso. Para isso, o primeiro passo é ter firmeza. Uma criança tem a capacidade de fazer uma interpretação como muitos pais jamais fizeram. A criança negocia, faz chantagem com o choro, com o colo, com a comida e muitos pais vão cedendo a isso ao longo do primeiro ano de vida do bebê.

Não sei se essa é a sua situação, mas quem costuma mimar no primeiro, segundo e terceiro ano, tem problemas. Pois essas crianças passarão a agir assim a partir do quarto ou quinto ano de vida. E, é aí que muitos pais perdem a chance de se determinarem como o adulto da relação.

Outro ponto interessante é a coerência. Às vezes, uma ordem para agora é diferente de uma ordem que um dos pais vai dar. Por exemplo, tem pai que deixa a criança chupar bala e comer doce no jantar e uma mãe que jamais permite que uma sobremesa venha antes da refeição. Um dia uma criança pode fazer uma coisa em casa e no outro dia chega ao ponto de não ter limite. Isso para a criança é quase um estímulo para que a criança continue sendo geniosa.

Então, com bom senso e coerência é possível determinar quem é o adulto da relação e impor limites à criança.

Elaine Cruz é psicóloga clínica e escolar, especializada em Terapia Familiar, Dificuldades de Aprendizagem e Psicomotricidade; Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense; palestrante e conferencista internacional, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior; Mestre em Teologia pelo Bethel Bible College (EUA); e membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil, com oito livros publicados. E atua como pastora no Ministério Fronteira, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

COMO LIDAR tem o propósito de servir como ferramenta de esclarecimento e apoio aos leitores apresentando perguntas e respostas, sobre variados temas.

Se você tem alguma questão ou dúvida que precise da explicação de um profissional, envie para redacao@plenonews.com.br

* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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