El Calafate, cidade dos glaciares – parte 2
É impressionante o impacto de ver o glaciar Upsala de cima da montanha
Milton Assumpção - 28/07/2017 10h21
Glaciar Upsala visto de cima
Depois de um ótimo almoço – cordeiro ensopado com um bom copo de vinho tinto, seguimos para um passeio muito especial.
De 4×4 subimos a cordilheira dos Andes por uma estrada estreita sem guard-rail, confiando na perícia do motorista. Os jipes chegam até uma determinada altura e depois subimos a pé montanha acima.
É impressionante o impacto que causa ao atingirmos o topo e ver o glaciar Upsala de cima da montanha. Dali é possível ver dois outros glaciares que alimentam o Upsala.
Eu tirei várias fotografias e filmei, mas é impossível, de novo, registrar o que os olhos veem.
É uma sensação gratificante ter força para ter subido a montanha e poder apreciar essa maravilha da natureza.
Quando o guia diz que vamos descer, dá uma vontade de ficar mais apreciando toda aquela beleza.
Sítio Arqueológico Leona
Pelas dificuldades, esse é o tour escolhido por poucas pessoas. De van você vai até o Hotel La Leona e dali entra em uma estância, onde está este sítio arqueológico com fósseis de dinossauro, de outros animais e uma floresta petrificada.
Durante três horas, você caminha por uma trilha sinuosa, estreita, com muitas subidas íngremes.
Há uma parada para que possamos descansar e comer um lanche que os guias trazem.
A maioria dos fósseis está em uma grande depressão do local. A volta é por uma trilha muito íngreme, que, se a pessoa não tiver um preparo físico adequado, não consegue subir. É preciso muito cuidado, porque do lado está o barranco da depressão e, se escorregar, atrás estão outras pessoas. É preciso subir bem devagar e com cuidado.
Eu só recomendo esse passeio para quem aprecia muito o tema, e que está com o preparo físico em dia.
Eu e minha esposa Ruth, apesar da idade, conseguimos fazer, e bem, porque nos preparamos fisicamente nos últimos dois meses para essa viagem.
Há muitas opções de passeios, trekkings, a cavalo, canoagem e caminhadas sobre o gelo. Em Ushuaia e El Calafate as agências de turismo fazem recomendações dos graus de dificuldades e logicamente restrições pela idade.
É uma viagem dos sonhos, e que deve ser muito bem programada. O período ideal é de meados de setembro a meados de abril. O ideal é que você já tenha os tours contratados. É possível ir direto e contratar os tours no local. Mas, atenção, em janeiro e fevereiro a maioria das agências está com a lotação de tours esgotada.
Nos outros meses, vai sempre ter muitos turistas, mas dá tranquilamente para ir. As cidades estão muito bem estruturadas para atender 3 mil turistas por dia.
Levar roupas de frio intenso, principalmente a utilíssima segunda pele. O gorro para cabeça é essencial; você pode comprar lá, há varias opções. Uma bota antiderrapante também é fundamental. Antes de ir compramos botas da Timberland que nos ajudaram e muito, principalmente nas trilhas e subidas das montanhas.
Outras recomendações são levar alguns óculos de sol, protetor solar e labial, e máquina fotográfica. Com smartphone dá para tirar ótimas fotografias. Próximo das geleiras e nas regiões mais frias, é preciso mudar para HDR. O modo automático não funciona.
Os hotéis têm ótimo sistema de calefação; você pode levar peças leves para dormir.
Tanto em Ushuaia como em El Calafate, o atendimento ao turista é de alto nível e profissional.
Uma recomendação final e importante: eles colocam uma ênfase muito grande no meio ambiente e no descarte de resíduos.
Se quiserem outras dicas, contatem-me pelo e-mail: miltonassumpcao@terra.com.br
Milton Assumpção é economista, administrador de empresas e palestrante. Empreendedor por natureza, atua como CEO da M.Books. Autor de cinco livros, sempre gostou de viajar e conhecer diversas culturas. |