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Opinião Leandro Sauerbronn: A história da Fábrica Nacional de Motores

A primeira indústria automobilística do país: FNM. Conhecida popular e carinhosamente como "fênêmê"

Leandro Sauerbronn - 04/04/2018 14h40

Entre os anos de 1937 e 1945, o Brasil viveu politicamente o período conhecido como Estado Novo. O presidente era Getúlio Vargas e, houve um esforço para acelerar a industrialização do país. Nessa época foram fundadas diversas estatais. O coronel Antônio Guedes Muniz quis produzir motores de aviação aqui no Brasil a fim de atender a demanda tanto militar como civil que crescia a largos passos. Assim, ele foi ao Estados Unidos e conseguiu fechar um contrato para a produção do motor Curtis-Wright R-975, um motor radial. O dinheiro para o projeto veio quando o Brasil entrou na Segunda Grande Guerra e, em 1942 foi fundada a Fábrica Nacional de Motores (FNM) em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, no Distrito de Xerém.

Mas a guerra acabou antes da fábrica produzir seu primeiro motor, que ficou pronto somente em 1946. A Força Aérea Brasileira (FAB) possuía um grande estoque do mesmo e os Estados Unidos tinham grande excedente; o que acabou de vez com os planos do coronel Antônio Guedes, que já utilizava a fábrica estatal para fazer peças de eletrodomésticos e máquina industriais.

Em 1947, as ações da FNM foram negociadas na Bolsa de Valores, mas ela ainda continuou sob o controle do estado. Em 1949, a empresa fez um acordo com a marca italiana Isotta Fraschini para a fabricação de caminhões e o primeiro modelo foi o FNM D-7300 Diesel. Foram fabricados aproximadamente 200 unidades, só que a empresa italiana andava mal das pernas e interrompeu o envio de peças e a produção parou.

Em 1951, a produção de caminhões foi reativada em um novo acordo com outra empresa italiana: a Alfa Romeo. Assim, começou a produção do FNM D-9500. Logo depois, a fábrica construiu uma espécie de ônibus articulado (Papa-Filas); mas sem muito sucesso.

Em 1958, foi lançado o modelo D-11000, que era um caminhão pesado. Muitos deles ainda se encontram rodando até hoje nas nossas estradas, com um potente motor 6 cilindros feito de alumínio.

Em 1960, a fábrica lançou um carro de passeio, um sedã de luxo, o FNM-2000 JK. Em 1968, o governo militar privatizou a empresa que passou para o controle da Alfa Romeo.

Em 1972, outro caminhão pesado foi lançado o FNM 180 e depois, o FNM 210. Em 1974, foi lançado o modelo Alfa Romeo 2300. Em 1977, a fábrica foi vendida à FIAT que, dois anos depois, fechou a fábrica.

Leandro Sauerbronn é aficionado por carros e motores; possui ferrugem e gasolina nas veias desde de nascença; começou a estudar o automóvel muito cedo, ainda criança. Hoje se tornou restaurador, customizador e educador; ensina a nobre arte da mecânica em seu curso.

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